O Estado de S. Paulo publicou nesta quinta-feira, 14 de março, reportagem a respeito de casos de feminicídio no Brasil e dados que mostram o aumento desse tipo de crime nos últimos anos. Entre 2016 e 2018, o número de processos de feminicídio no País cresceu 34%, passando de 3.339 para 4.461 casos.
A presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati, primeira mulher eleita a ocupar a presidência da entidade, foi entrevistada e reforçou a associação desse tipo de violência ao forte traço da cultura patriarcal e machista que ainda existe na sociedade brasileira. “Quando a mulher nega determinados papeis que antes eram atribuídos a ela, existe essa reação, muitas vezes violenta, criminosa”, ressaltou.
“A quebra de padrões que vivenciamos, em que as mulheres são autônomas financeira e emocionalmente, é uma nova conjuntura social que estamos passando.” Raquel citou também que vê um movimento de maior resistência por parte das mulheres, que estão se impondo mais e sabem que não precisam sofrer violência de forma solitária.
Para ela, é preciso quebrar a tradição de banalização violência contra a mulher no País. “Não bastam novos e mais contundentes ordenamentos jurídicos. Precisamos de mudanças culturais e educativas”, afirmou a presidente.
“A sociedade tem de entender que a mulher não pode ser coisificada. Parece simples, mais ainda é algo complexo nos dias atuais”, concluiu.
A entrevista completa com a presidente do SINDPESP estará disponível na próxima semana, em Capitu, site criado pelo Estadão em dezembro para lançar um olhar feminino sobre assuntos atuais.
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