O jornal O Estado de S. Paulo publicou em 02 de março, reportagem sobre dados que apontam que três meses após a criminalização, 333 mulheres foram vítimas de importunação sexual na cidade de São Paulo, incluindo 68 crianças e adolescentes do sexo feminino.
A presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati, falou sobre o assunto. “A mulher se coloca no papel de achar que foi ela quem deu escape para o agressor praticar o crime, mas em hipótese nenhuma existe a justificativa para a prática desse crime”, afirmou. “A mulher nunca deve se culpar. O culpado sempre é o criminoso, o agressor”, acrescentou.
De acordo com Raquel, a criminalização da importunação sexual deu fim à desproporcionalidade na aplicação da pena, que variava de acordo com o crime no qual o agressor fosse enquadrado. “O que ocorreu com a lei foi um novo ordenamento jurídico para adequar crimes que já eram existentes”, analisou.
Segundo a delegada, o fato da maioria das vítimas serem mulheres é fruto da herança machista da sociedade brasileira. “Para coibir de fato novas práticas desse crime é preciso ir além. É preciso que haja uma conscientização de que o corpo da mulher não deve e nem pode ser objetificado”, ressaltou.
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