O portal de notícias Folha Regional publicou hoje, (22/05), reportagem sobre o relatório do Ministério Público de Conta do Estado de São Paulo sobre a eficiência da Polícia Civil de SP. No texto, o SINDPESP afirmou que o documento foi construído em uma metodologia equivocada e revela o desconhecimento do trabalho da Polícia Judiciária.
O SINDPESP esclareceu que o estudo teve como base de cálculo o número total de fatos registrados em todas delegacias do estado, até mesmo fatos não criminais. A análise dos dados não levou em consideração os 1.486.789 boletins de ocorrência de natureza não-criminal registrados. Ou seja, metade dos registros nas delegacias não narram crimes e, portanto, não são alvos de investigação criminal. Levando esse dado em consideração, o número de instauração de inquéritos sobe para 30% das ocorrências criminais registradas em 2016.
A presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati, explicou que inquérito policial não mede a produtividade da polícia. “Precisamos ter em mente que investigação difere de inquérito policial. Muitos casos são investigados, mas não se tornam inquérito policial por ausência de justa causa. Então, falar que inquérito policial é um dado de produtividade é uma falácia. O inquérito não tem fim em si mesmo, ele é apenas um dos cadernos investigatórios utilizados pela Polícia Judiciária para formalizar uma investigação”, apontou.
“A Polícia Civil está sucateada, sem estrutura, nem investimentos para que possa trabalhar de acordo com a sua potencialidade e acaba fazendo muito com o pouco que tem”, completou Raquel.
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