A rádio Cruzeiro FM veiculou, nesta terça-feira, 08 de janeiro, reportagem sobre o déficit na Polícia Civil do Estado de São Paulo, que chegou a 13.479 profissionais, segundo dados divulgados pelo SINDPESP. O número representa 32,16% do total de vagas previstas em lei.
Para a presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati, os números apresentados pelo Defasômetro são consequência de um governo que não valorizou a Polícia Civil em um passado recente. “Infelizmente, o que presenciamos ao longo desses mais de 20 anos de gestão do governo do estado de São Paulo, foi incompetência no que se refere à Polícia Civil. Esses governos não priorizaram a Polícia Judiciária, que tem atribuição legal e constitucional de combater o crime no seu nascedouro, através de inteligência”, ressaltou.
“Hoje, a população vive em total insegurança por falta de investimento em contratação de policiais, tecnologia, viaturas e armamentos. Esperamos que o atual governador se preocupe com a população porque merecemos uma segurança de qualidade. Temos que valorizar os profissionais que dedicam as suas vidas para proteção dos cidadãos”, completou.
Raquel ressaltou também a questão dos salários da categoria. “O delegado de polícia do Estado de São Paulo, o mais rico da federação, é o que pior recebe se formos comparar com os outros estados e outras carreiras jurídicas. A falta de policiais acarreta uma sobrecarga desumana de trabalho para aqueles que estão na instituição e que fazem com muito comprometimento o seu trabalho. Esses policiais ficam muitas vezes 24 horas de sobreaviso. Normas internacionais de Direito do Trabalho são desrespeitadas, pois não se dá ao policial civil o direito ao descanso por conta desse déficit de profissionais que estamos vivendo”, analisou.
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