O jornal Correio Popular publicou nesta terça-feira (25/02), em edição impressa e online, reportagem sobre um decreto publicado pelo governador de São Paulo, João Doria, no Diário Oficial do Estado (DOE) do último sábado, extinguindo delegacias especializadas em Campinas que nunca saíram do papel. Em termos gerais, o governador centralizou as especializadas em um único nome.
Em todo o Estado de São Paulo, segundo o SINDPESP, o déficit de policiais é de 13.137, sendo de investigador 3.599; escrivão, 2.826, e delegados, 951.
O texto aponta ainda que vinte dos delegados aprovados e nomeados no último concurso não tomaram posse. Com a ausência dentro do prazo legal, suas nomeações foram tornadas sem efeito por uma portaria do Delegado Geral de Polícia. Ao menos 250 foram aprovados no concurso, realizado no ano passado.
“Nada menos que 8% dos aprovados para ocupar o cargo decidiram não ingressar na carreira. O Sindpesp considera elevada essa ausência e avalia que essas 20 pessoas deixam um recado evidente: de que muitos dos candidatos capacitados a exercer funções de destaque na Polícia Civil de São Paulo simplesmente estão escolhendo não ingressar na corporação”, apontou a presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati.
“O outrora prestigiado cargo de Delegado da Polícia Civil do Estado de São Paulo foi minado pelo descaso do Governo paulista e hoje não é mais o trabalho buscado pelas pessoas que sonham em exercer uma carreira policial”, comentou Raquel Kobashi Gallinati.
Dados do Sindicato apontam que o delegado da polícia paulista tem o segundo pior salário entre os delegados de todos os estados da Federação. Enquanto em São Paulo o salário é de cerca de R$ 10 mil, no Rio Grande do Sul, chega a R$ 20 mil. Para os cargos de investigador e escrivão, o Estado conquistou o último lugar no ranking de pior salário.
Leia na íntegra no site do SINDPESP:
A reportagem também está disponível no portal do Correio Popular: https://bit.ly/2Tawb1a