O portal Consultor Jurídico (Conjur) publicou nesta terça-feira, 29 de janeiro, reportagem sobre os plantões de 24 horas de pelo menos três delegacias da mulher (DDMs). O governador João Doria anunciou que elas ficarão abertas ininterruptamente até o final de fevereiro de 2019.
Na tarde de segunda-feira, 28 de janeiro, o SINDPESP encaminhou um ofício ao Delegado Geral de Polícia, Ruy Ferraz Fontes, com indagações a respeito da decisão do governador.
Para a presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati, a medida é uma discriminação por gênero e um retrocesso ao direito e igualdade da mulher, uma vez que a carreira das delegadas paulistas, que já estão sofrendo assédio moral, ficará totalmente à mercê da atuação nas DDMs.
“Além de uma sobrecarga muito maior de trabalho, as delegadas não poderão escolher onde atuarão”, disse a presidente. “As mulheres estancarão a ascensão na carreira não podendo atuar em cargos como diretoria, chefia de departamentos ou até mesmo delegada geral”.
Ainda segundo Raquel, “obrigar a atuação nas DDMs sem escutar a opinião das mulheres policiais é uma forma de querer sanar uma injustiça social violentando os direitos de outras mulheres”, ressaltou Raquel. “A Lei não fala em uma obrigatoriedade das vítimas serem atendidas exclusivamente por mulheres, então o Estado não pode impor que as delegadas só atuem em Delegacias da Mulher”.
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