Sindpesp provoca discussão produtiva no Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Na manhã do segundo dia do 11º Encontro do Fórum Nacional de Segurança Pública, o SINDPESP prestigiou a mesa “Redução dos homicídios: o que a experiência de São Paulo nos ensina?”, com as presenças da presidente Raquel Kobashi Gallinati e dos diretores Emiliano Chaves Neto, Daniela Del Nero Bilynskyj, Juliana Manikkompel e Fernando César Silva. Na discussão, pontos de vistas diferentes foram colocados.

O delegado diretor da Corregedoria da Polícia Civil, ex-diretor do DHPP, ex-diretor do DECAP e ex-delegado geral, Domingos Paulo Neto, que participou ativamente do trabalho do DHPP na redução dos assassinatos, explicou em detalhes tudo o que o Departamento criou em termos de ações internas para lidar com tamanho desafio, que era o de reduzir as taxas. Foi ovacionado duas vezes.

No período da tarde, a diretoria do SINDPESP participou de duas mesas. A primeira foi coordenada pelo professor da Fundação Getúlio Vargas São Paulo, Rafael Alcadipani da Silveira, e abordou a desmilitarização da polícia e códigos disciplinares no Brasil.

Foram apresentados os conceitos da ideologia militar, dados da atuação da PM no Estado, casos envolvendo a expressão de opiniões dentro da organização e novas abordagens de Segurança Pública.

Ao final da exposição, a presidente do SINDPESP Raquel Kobashi Gallinati mencionou a “Carta da Terra”, documento que se expressa contrariamente à militarização de atividades prioritariamente civis. “Não seria jogar o Brasil na contramão da história e retornar à Ditadura, quando civis eram jogados em quartéis e lá submetidos a procedimentos violadores dos direitos fundamentais, quando se pensa em adotar o ciclo completo?”, questionou.

Em resposta, Alcadipani declarou que “o ciclo completo é um modelo desejável, mas impossível de ser praticado no Brasil”.

No segundo horário, o delegado de polícia do Distrito Federal, Jorge Luiz Xavier e o Coronel da Polícia Militar, Elias Müller, debateram corporativismo, bipartição policial e ciclo completo de policiamento. Para o representante da PM, o ciclo libera o efetivo da Polícia Civil para centrar esforços na investigação. A diretoria do SINDPESP esteve presente.

Na fase de perguntas, a presidente, Raquel Kobashi Gallinati, pediu a palavra e ressaltou que a doutrina militar é incompatível com o sistema de investigação e persecução penal no estado democrático de direito, conforme entendimento da Organização dos Estados Americanos: “Como se buscará a verdade dos fatos, se os militares não tem dependência funcional?”

No terceiro dia do evento, o SINDPESP participou da roda de conversa sobre “Polícia e jovens nas redes”. As discussões foram baseadas na atuação de figuras da sociedade como interlocutores da grande mídia. Além disso, foram exibidas ao público páginas que disseminam conteúdo informativo e trabalho das mídias alternativas.

Em sua fala, a presidente Raquel Kobashi Gallinati citou pensamento do sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, autor da obra “Modernidade líquida”, relacionando a relevância das redes sociais na rapidez de informações no trabalho de segurança pública.

 

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