O SINDPESP participou nesta quinta-feira, 26 de abril, do debate “Segurança Pública para quem?”, promovido pela deputada estadual Beth Sahão, na Assembleia Legislativa de São Paulo. O debate abordou as condições de trabalho, formação profissional e as diretrizes da atuação da Segurança Pública no estado.
Participaram do evento a presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati, o presidente da Adpesp, Gustavo Mesquita, o presidente da Associação Nacional dos Praças, Elisandro Lotin de Souza, o deputado estadual Alencar Santana, e o pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, David Marques.
A deputada estadual Beth Sahão mediou o debate e salientou o descaso do Governo Estadual para com a Segurança Pública. Após ouvir a fala da presidente do SINDPESP e realizar algumas anotações que considerou pertinentes, a deputada reiterou dados passados por Raquel Gallinati: “a Polícia Civil sofre com a falta de estrutura, de material e salários baixos. Dos 645 municípios paulistas, 256 não tem um delegado, deixando as delegacias na dependência da prefeitura”, apontou.
Para Raquel, “desvalorizar a Polícia Civil é ferir gravemente a política de segurança pública já que, somente por meio de uma investigação criminal de qualidade, é possível retirar definitivamente das ruas os criminosos, os bandos e quadrilhas que assolam a sensação de segurança da população”, ressaltou.
O deputado estadual Alencar Santana endossou o discurso de Raquel e reforçou os dados falando da situação das delegacias. “As instalações são lamentáveis e a força da segurança também deve ser simbólica, isso não pode acontecer”, afirmou.
Já o pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, David Marques fez um panorama da forma com que a segurança pública foi tratada pelo estado nos últimos anos. Ele atribuiu o desmantelamento do serviço, principalmente, à falta de alternância de poder.
Reafirmando os dados alarmantes sobre o sucateamento da Polícia Civil, o presidente da Adpesp, Gustavo Mesquita declarou que vê com bons olhos as novas medidas do atual governo sobre a mudança de pasta da PC para a Justiça e Cidadania. “Com a ligação a órgãos de defesa das minorias, dos Direitos Humanos e Cidadania, a polícia se torna mais humana, acarreta em efeitos sociais muito positivos e seria bem visto pela sociedade”, observou Gustavo.
Raquel finalizou o debate parabenizando a iniciativa dos organizadores e chamando para continuidade de discussões para que possam melhorar a Segurança Pública.