A Associação Comercial de São Paulo – Distrital Sudeste, organizou um evento na última quarta-feira, 27 de março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Realizado na sede da própria entidade, a palestra “Mulheres que fazem a diferença” reuniu três autoridades e uma empresária para falar sobre o papel delas em profissões que, tempos atrás, eram consideradas masculinas. A condução dos trabalhos foi feita pela coordenadora do Conselho da Mulher Empresária da Distrital Sudeste, Celi Carlota.
A presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati, foi uma das convidadas a contar sua experiência como delegada de polícia. Junto dela, participaram Mônica Salles Penna Machado, juíza em 2º grau do TJSP, Helena Tinelli, coronel da PM do Estado de São Paulo, e Cláudia Pezella Rizzo, empresária na área de educação. Elas contaram o processo de escolha das profissões, e responderam perguntas sobre situações delicadas que as mulheres ainda são, por muitas vezes, submetidas.
Indagada sobre o papel da mulher na sociedade, Raquel Gallinati avaliou que, “atualmente o machismo ostensivo não acontece, mas aquele escondido ainda está presente em todos os espaços. Nesse caso, a mulher precisa ter equilíbrio emocional e uma força mental para conseguir desmascarar e combater esse tipo de machismo velado. Acredito que hoje este seja o nosso principal desafio”, afirmou a delegada.
Sobre as figuras femininas na política, a presidente do SINDPESP foi categórica ao dizer que é necessário impugnar essa situação da “maioria masculina”. “Quando a mulher está no poder, ela fica em evidência. Com os homens isso não acontece pois estamos acostumados a vê-los sempre em posições de destaque. Precisamos quebrar esse rótulo na sociedade para respaldar na política e em todas as outras searas”, completou.
O aumento de denúncias de violência contra a mulher também foi um assunto colocado em pauta. Raquel considera que, com o fácil acesso à informação, tanto a vítima, como o criminoso, sabem diferenciar o que é crime e o que não é. “O agressor é responsável pelos seus atos. Não dá para justificar uma violência com destemperamento, nervosismo ou vontade passional de cometer um crime. Quem o pratica é exclusivamente o único culpado, e não uma droga, uma bebida ou influências externas. Quando a vítima entende que a agressão não é normal, seja ela física ou psicológica, evidentemente os números de denúncias vão crescer não só no Brasil mas no mundo inteiro”, finalizou.
O diretor superintendente da Distrital Sudeste da Associação Comercial de São Paulo, Paulo Simões de Medeiros Junior, e a coordenadora do Conselho das Mulheres das Sedes Distritais, Adriana Patomati, compuseram a mesa de abertura dos debates e fizeram considerações no término dos debates. Policiais da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo (GCM), familiares e amigos das palestrantes prestigiaram o evento.
Ao final, as convidadas foram presenteadas com um certificado de reconhecimento e agradecimento, além de brindes dos apoiadores do evento.