Pode não existir lugar de fala, mas existe lugar de ação! Violência contra mulher e lugar de ação

Não tenho lugar de fala, mas tenho a opção de ação, opção de direção e opção de colaborar. Não falo de algo que é esquecido. Pelo contrário, é pauta constante no Brasil. É destaque diurno na mídia.

Falo da violência, física e psicológica, contra as mulheres. Não foi necessariamente a pandemia da Covid-19 que fez com que tivéssemos um aumento do número de casos de feminicídio no RS no ano que passou. Foram responsáveis pelo avanço da violência as ações de homens, inseguros, violentos e covardes.Consciente ou inconscientemente, homens agridem, perseguem, violam e acreditam que as suas companheiras são, literalmente, sua propriedade. Por isso, teriam o “direito” de, sobre elas, exercer controles, da vida, da profissão, ou seja, da sua forma de agir, pensar e vestir.

Felizmente, não falo da maioria dos homens, mas daqueles que ainda não perceberam que mulher não é objeto. Mulher é o que ela quiser e onde quiser. Ao perceber e aceitar essa condição, os relacionamentos tornam-se menos tóxicos ou, ao menos, mais saudáveis e duradouros.

Como melhorar esse quadro? Com certeza, pelo fortalecimento das redes de proteção às mulheres, com políticas intersetoriais, de prevenção e acolhimento. Trabalhar sob a ótica de atendimentos integradores, preventivos e macrossociais, territoriais e periódicos, mas também sob o enfoque de gestão de casos, porém não do atendimento isolado da vítima, mas do seu âmbito familiar.

Ou seja, precisamos tratar o problema que a sociedade gera, estruturalmente, e que deixa sequelas irreversíveis nas mulheres e nas pessoas à sua volta. A lei penal não é a única e última opção: deve ser um acompanhamento e uma contingência aos problemas gerados na sociedade.

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