O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo informa que exerce atividade política no sentido mais puro do termo, que é a busca pelo bem estar da sociedade, não possuindo qualquer vinculação político partidária. Uma de suas principais motivações é o resgate da dignidade do cargo de Delegado de Polícia e do surgimento de uma nova Polícia Civil, forte em suas prerrogativas e independente da vontade política do Governo que, nas últimas décadas, tem trabalhando de forma incessante para enfraquecê-la, sem oferecer qualquer explicação à sociedade.
As denúncias do SINDPESP a respeito do descaso do Governo de São Paulo são embasadas em dados, fatos e fotos e, sobretudo, na realidade do dia-a-dia da população, atormentada pela insegurança crescente em todo o estado.
As imagens das unidades policiais deterioradas são mais do que atuais e refletem o desprezo deste Governo para com a sociedade que o elegeu, pois é ela que utiliza tais locais, quase sempre, quando é vítima de algum crime, fato já corriqueiro na gestão do atual governador.
Há anos, a Polícia Civil do Estado de São Paulo enfrenta involução orçamentária e de pessoal e seus gestores nunca tiveram qualquer reivindicação institucional atendida. As determinações de redução de despesas tiveram início em 2015, foram intensificadas em 2016 e mantidas em 2017. Há, portanto, redução orçamentária incessante desde 2015, agravada com bloqueio de expressiva parcela dos recursos aprovados.
Todos os órgãos pertinentes foram informados em expedientes e reuniões da situação e dos riscos, desde o ano passado. A Polícia Civil nunca deixou de agir, pleitear e informar. Ninguém foi pego de surpresa. O que houve, claramente, é que a Polícia Civil foi constante e sistematicamente ignorada.
Para que a sociedade saiba: hoje, apenas para atendimento das necessidades essenciais, a Polícia Civil precisa de R$ 38 milhões e, até agora, não recebeu sequer os tão propalados quatro milhões. É preciso ressaltar, porém, que a necessidade total SUPERA os 114 milhões.
