A presidente do Sindpesp, Raquel Kobashi Gallinati, e os diretores Emiliano Chaves Neto, Daniela Del Nero Bylinskyj, Fernando Cesar Silva e Arnaldo Rocha, assistiram nesta quinta, 09 de novembro, as palestras do “I Simpósio Nacional de Combate à Corrupção” organizado pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal de São Paulo (ADPF/SP), com apoio do Sindpesp. O evento aconteceu no auditório das Faculdades Integradas Rio Branco, na Lapa.
No começo da tarde, grandes nomes da área jurídica e policial compuseram a mesa de abertura para dar início ao evento. Logo em seguida, o desembargador federal no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, Fausto de Sanctis, palestrou sobre “Organizações criminosas e mecanismos transnacionais de combate à lavagem de dinheiro. Uma perspectiva judicial do caso Panamá papers”. A delegada de polícia federal, diretora da ADPF/SP e coordenadora do evento, Tania Fernanda Prado Pereira, foi a debatedora do tema.
Antes de começar a segunda mesa, a jornalista e âncora do programa da Jovem Pan “Pingos nos Ís”, Joice Hasselmann, fez uma participação especial no Simpósio. Depois, o tema “Sociedade da informação: Prova Digital e Investigação. Os desafios da revolução digital e a utilização das novas tecnologias” foi discutido pelo advogado Coriolano de Almeida, que debateu com o delegado de polícia federal, Erick Ferreira Blatt.
Um dos pontos altos do Simpósio, que rendeu aplausos de toda a plateia, foi a homenagem ao professor Ives Gandra da Silva Martins. Em seu discurso, ele comentou a respeito da interferência entre poderes. “Na prática, a condição foi elaborada para termos os poderes independentes: Judiciário, Legislativo e Executivo. Ministério Público não é poder. Ao lado da advocacia, são duas instituições relevantes mas são apenas funções administrativas”, disse.
Após o coffe break, os participantes assistiram à palestra sobre “Cooperação jurídica internacional, crimes financeiros e corrupção transnacional”, com o delegado de polícia federal, Milton Fornazari Junior. Debatendo o assunto, esteve o delegado de polícia do Estado de São Paulo, Paulo Bilynskyj.
A quarta exposição do dia, com o tema “Autonomia na Polícia Judiciária”, contou com a participação do delegado de polícia do Estado de São Paulo, Francisco Sannini como palestrante e a desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Ivana David, como debatedora. Ela voltou à questão da independência dos poderes, citada por Ives Gandra. “Temos provas que a investigação criminal, dentro do devido inquérito policial presidida por um delegado de polícia de carreira, frente ao Poder Judiciário que determina as medidas cautelares preparatórias e incidentais que existem na lei, é o único caminho para enfrentar o crime”, afirmou.
“A importância da necessária autonomia da Polícia Federal no combate à corrupção” foi o assunto da quinta mesa do Simpósio. O professor Guilherme Cunha Werner palestrou e o delegado de polícia federal José Marcelo Previtalli Nascimento debateu.
Fechando o primeiro dia do evento, o jurista Luiz Flávio Gomes compôs a última mesa. Com o tema “Lava Jato: ética, cidadania e novas lideranças”, LFG frisou o trabalho da Polícia Federal perante a sociedade. “Os ladrões se comportam de maneira distinta e isso tem a ver com a atuação da Polícia Federal. A sociedade brasileira deposita esperança na instituição, alguma coisa nos sinaliza que há luz no fim do túnel”, previu.