Delegados aprovam ida da PC para a Justiça e Cidadania, em reunião na Adpesp

Delegados e delegadas da Polícia Civil do Estado de São Paulo lotaram o auditório da sede da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp), no centro da Capital, na noite de ontem, 17 de abril, para discutirem a proposta de mudança de pasta da PC para a Justiça e Cidadania. O Sindicato e a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo promoveram a reunião para ouvir a classe e, a partir dos resultados, traçarem os rumos a serem percorridos.

O vice-presidente da Adpesp, Abrahão José Kfouri Junior, conduziu a mesa principal, composta pela presidente do Sindpesp, Raquel Kobashi Gallinati; o presidente da Adpesp, Gustavo Mesquita; o vice-presidente do Sindpesp, José Vicente Barreto e o secretário-geral do Sindpesp e diretor da Adpesp, Arnaldo Rocha Junior.

Kfouri abriu o debate enfatizando que o resultado da reunião seria proveitoso para a classe. Ele comentou a respeito da primeira conversa entre os representantes das entidades com o governador Márcio França, quando a mudança foi sugerida.

A presidente do Sindpesp, Raquel Kobashi Gallinati, relembrou, em seguida, as visitas que fez no começo de sua gestão a fim de conhecer a realidade da Polícia Civil no estado. Raquel citou o encontro que teve com França e Deputado Olim juntamente com Gustavo Mesquita onde pode explicitar todas as mazelas vivenciadas pela Polícia Civil e pelos delegados de polícia. “A ideia de mudar para a Secretaria de Justiça e Cidadania não partiu da Adpesp nem do Sindpesp. O governador nos escutou por mais de duas horas e sugeriu a transferência. Nos posicionarmos simpáticos é fundamental para renovar a doutrina da Instituição, sua forma de atuação através de um choque de gestão, sempre buscando a maior eficiência na sua função constitucional”, observou.

Gustavo Mesquita fez uma contextualização sobre a reunião com o governador citada pelos colegas, abordou questões técnicas da proposta e apontou os benefícios que a Polícia Civil teria se estivesse integrada à pasta da Justiça e Cidadania. “A instituição ligada a órgãos de defesa das minorias, dos Direitos Humanos e Cidadania a tornaria uma polícia mais humana, acarretaria em efeitos sociais muito positivos e seria bem visto pela sociedade”, previu.

Arnaldo Rocha Junior, por sua vez, reiterou os argumentos apresentados anteriormente pelos componentes da mesa e fez breve panorama para entender o cenário nacional da Polícia Civil, justificando sua posição favorável à proposta. “Só em São Paulo existe a Secretaria de Segurança Pública, da Justiça e da Administração Penitenciária, no restante dos estados, é tudo misturado. Pesquisei também que, em 14 estados, o secretário que manda nas duas polícias é delegado de polícia, ou do próprio estado, ou delegado federal. Nós somos os únicos que estamos na contramão do Brasil inteiro”, completou.

Ao final das exposições, Kfouri abriu a palavra para os presentes que, de forma intercalada, opinaram contra e a favor da proposta. Todos os argumentos contra e a favor foram citados por delegados que se inscreveram para falar. Três delegados se manifestaram de forma contrária mas, na hora de votar, apenas um manteve o posicionamento.

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