PEC Emergencial – Sindpesp mostra ponto a ponto as mudanças que atingem os servidores

Entenda as consequências para os servidores públicos com a aprovação da PEC Emergencial, votada nesta quinta-feira (4). O texto agora será enviado para a Câmara dos Deputados, e cabe à sociedade e aos servidores pressionarem para que tais dispositivos sejam retirados.

A PEC trata do pagamento do auxílio emergencial em 2021, porém, em contrapartida, a proposta impõe medidas de contenção fiscal para compensar o aumento de despesas.

Todas as vezes em que a relação entre as despesas obrigatórias sujeitas ao teto de gastos e as despesas totais superar 95%, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e o Ministério Público deverão vedar aumento de salário para o funcionalismo, realização de concursos públicos, criação de cargos e despesas obrigatórias, concessão de benefícios e incentivos tributários e lançamento de linhas de financiamento ou renegociação de dívidas.

Confira ponto a ponto as mudanças previstas:

  • Concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a servidores públicos
  • Criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa;
  • Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
  • Admissão ou contratação de pessoal, ressalvadas as reposições de cargos de chefia/direção e vacâncias;
  • Realização de concurso público, exceto para as reposições;
  • Criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou benefícios de qualquer natureza servidores públicos;
  • Criação de despesa obrigatória;
  • Medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da inflação, inclusive do salário mínimo;
  • Criação ou expansão de programas e linhas de financiamento, bem como a remissão, renegociação ou refinanciamento de dívidas que impliquem ampliação das despesas com subsídios e subvenções;
  • Concessão ou a ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária.

No caso de descumprimento dos limites para as contas públicas, além das mudanças citadas, há outros dispositivos a serem adotados:

  •  Excesso de arrecadação e o superávit financeiro (exceto constitucionais) destinados à amortização da dívida pública federal;
  •  Suspende progressão e da promoção funcional em carreira de agentes públicos, incluindo os de empresas públicas e de sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio;
  •  Suspende criação de despesas obrigatórias e de benefícios tributários;
  •  Vedação da correção das emendas impositivas pela inflação;
  •  Vedação de correção dos valores das verbas indenizatórias (auxílio-moradia e diárias, por exemplo).

 

Tópicos retirados do texto pelo trabalho incessante das entidades nacionais, Adepol do Brasil e Fendepol, as quais o Sindpesp integra:

  •  Redução temporária (até 12 meses) da jornada de trabalho de servidores públicos com redução proporcional de salários e subsídios –que também está no pacto federativo. Essa medida geraria um impacto acima de R$ 10 bilhões.
  •  Suspende repasse do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por dois anos.

O Sindpesp lamenta profundamente o posicionamento dos senadores que aprovaram tal medida tão prejudicial ao funcionalismo. Agora a luta é na Câmara para que os dispositivos que afetam os servidores sejam modificados.
Acesse o PDF da PEC

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