Região de Presidente Prudente sofre com uma das maiores defasagens do estado

A região do estado de São Paulo com o maior defasagem no efetivo recebeu, na última sexta-feira, (08/07), a presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati, e o deputado federal Luiz Flávio Gomes. A rotina de autoridades e agentes que atuam no Departamento de Polícia Judiciária de Presidente Prudente (Deinter 8) ganha contornos dramáticos devido à falta de profissionais no quadro da Polícia Civil. Apesar de ser a região que mais produz, o deficit de policiais alcança 35,81%, taxa maior que a média de todo estado, que hoje é de 33,63%.

A rotina desgastante de trabalho, o acúmulo de funções e as longas jornadas estão levando policiais à exaustão. O atendimento ao público também é prejudicado, afetando diretamente a segurança pública na região.

Raquel Gallinati expôs as ações do SINDPESP para tentar solucionar a falta de policiais no estado. A presidente da entidade falou para vários delegados da região, entre eles os delegados seccionais de Adamantina e Presidente Prudente, e citou o argumento usado nos encontros com o secretário de Segurança Pública e com o governador João Doria para ressaltar o problema do deficit. “Estamos batendo na mesma tecla desde a época do Alckmin porque o cenário caótico ainda persiste. A partir do momento em que não se investe de forma adequada na segurança pública, na Polícia Judiciária, que é a que tem a atribuição legal e constitucional de investigar o crime e de combater as organizações criminosas através de Inteligência, você deixa a população desprotegida e não se dá a certeza do castigo para aquele que pratica o crime”, comentou.

Para o Luiz Flávio Gomes, a sociedade é fortemente atingida pois o policial “não consegue fazer o que a população gostaria que fosse feito por falta de profissionais.”

A presidente da entidade alertou ainda que a contratação de novos policiais “depende da vontade da cúpula em ter sensibilidade e em saber como reestruturar para sacrificar menos os colegas.”

Uma segunda questão abordada pelos delegados e relatada ao SINDPESP em outras visitas são as cadeias públicas. Com a extinção do cargo de carcereiro, as delegacias estão com custódia de presos civis. Raquel reforçou que o sindicato já recebeu uma resposta da SSP informando que essa situação acontece em delegacias de todo o estado. “Nosso próximo passo é provocar a secretaria para que tire essa responsabilidade da Polícia Civil, já que existem locais e funcionários destinados para essa função.”

Reforma da Previdência
Um dia após a aprovação do texto-base da Reforma da Previdência na Comissão Especial, os delegados aproveitaram a presença do deputado federal para tirar dúvidas da tramitação da PEC no Congresso Nacional. Os destaques que conferiam um tratamento digno às forças de segurança pública civis foram rejeitados pelo relator.

De acordo com o Luiz Flávio Gomes, ainda é possível incluir destaques mesmo com a proposta na Câmara ou no Senado. “Acho que a Reforma é necessária e espero que a gente consiga aprovar, porém, ela veio com muitas crueldades, injustiças e violação ao princípio de igualdade e acaba tirando mérito da proposta. Mesmo no Plenário, vale a pena continuar a luta, reivindicar e falar dos seus interesses. Isso sensibiliza o parlamento”, sugeriu.

A presidente do SINDPESP afirmou que estará em Brasília nos próximos dias para participar dos próximos atos na União dos Policiais do Brasil.

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