Situação do Palácio da Polícia, em Santos, e Reforma da Previdência são pautas da conversa entre SINDPESP e delegados do Deinter 6

O Departamento de Polícia Judiciária do Interior 6 (Santos) recebeu, na tarde de segunda-feira, 24 de junho, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo. Este foi o segundo Deinter visitado pela presidente da entidade, Raquel Kobashi Gallinati, que segue um cronograma de ações para ouvir, in loco, demandas regionais e atualizar a classe sobre as atividades do sindicato. No final de maio, o SINDPESP esteve em Campinas (Deinter 2), em encontro promovido pelo Conselho Municipal de Segurança Pública, para debater o cotidiano exaustivo vivenciado pela Polícia Civil da região.

O deputado estadual, Professor Kenny, o delegado seccional de Santos, Carlos Topfer Schneider, os seccionais de Jacupiranga, Itanhaém e Registro, além de delegados de outras cidades que compõem o Deinter 6, estiveram no Palácio da Polícia para a reunião.

A visita aconteceu no local que passa por sérios problemas estruturais. A situação de abandono do Palácio e as precárias condições de trabalho impostas aos policiais foram discutidas entre os participantes da reunião. “Uma construção histórica, assim como o garajão da Polícia Civil, em São Paulo, está se desintegrando por descaso”, lamentou Raquel.

O diretor do Deinter 6, Manoel Gatto Neto, disse não ser possível disfarçar as dificuldades enfrentadas, mas reforçou que o governo desmotivar os policiais que trazem bons resultados à sociedade. “A viatura mais nova tem 5 anos de uso. Há uma carência de reforma básica no prédio, e mesmo assim, conseguimos diminuir o número de homicídios e roubos em Santos. Precisamos reconhecer que isso é um trabalho excelente dos policiais que integram nossa instituição”, valorizou o diretor.

PEC 06/2019
Entrelaçadas às pautas estaduais, o SINDPESP têm colocado como prioridade as discussões sobre a reforma da Previdência. Recentemente, lideranças nacionais de carreiras policiais e o colegiado da União dos Policiais do Brasil (UPB) se reuniram com representantes do governo federal na tentativa de reverter os pontos que atingem negativamente os profissionais da segurança pública.

Sem nenhuma definição, a presidente do SINDPESP explicou aos delegados que o próximo passo é conseguir os votos necessários na Comissão Especial antes que a proposta avance para o Congresso.

“Cada partido precisa apresentar dois destaques na Comissão, e agora, nossa mobilização precisa se intensificar. Caso a PEC passe a tramitar na Câmara, será necessário mais de 300 votos para que ela não seja aprovada. Por isso, o apelo que o sindicato faz é para que todos conversem com os deputados federais e participe dos próximos atos. Exigir uma aposentadoria justa não é privilégio, é um direito de todos nós”, alertou Gallinati.

Governo estadual
Outra questão que afeta a Polícia Judiciária é a falta de valorização salarial. Para o deputado estadual, Professor Kenny, “a atuação da polícia está sempre em constante melhora, mas os rendimentos continuam abaixo do que é justo”. O parlamentar defendeu que se faz necessário o investimento nos recursos humanos dentro das delegacias para prevenir riscos dos que exercem suas funções nas ruas e aumentar a força de trabalho dos membros da instituição.

Sobre o assunto, Raquel salientou as negociações do SINDPESP com o governo estadual, principalmente para falar sobre a reposição dos vencimentos da classe. “O que estamos fazendo no sindicato são cobranças de tudo o que já nos prometeram e que, de fato, temos direito. Reivindicações e fiscalizações são desempenhadas a todo momento, mas infelizmente o governo que está há seis meses à frente do nosso estado, por enquanto, não sinalizou uma melhora para nós.”

Questionada sobre a relação das entidades representativas com o executivo paulista, a presidente frisou que, na última reunião com o secretário de Segurança Pública, apesar da boa recepção, o general João Camilo Pires “jogou limpo” e disse não garantir o atendimento dos pleitos da classe. Em contrapartida, o governador João Doria declarou com exclusividade à Raquel Gallinati, durante um evento em São Paulo, que irá aprimorar a Polícia Civil paulista até o final de 2019.

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