Os novos dados do Defasômetro do Sindpesp, atualizado em 30 de novembro, apontam o déficit total de 13.351 profissionais na Polícia Civil do Estado de São Paulo. O número representa 31,85% do total previsto em lei. Já são 182 cargos vagos a mais do que o apresentado no levantamento do mês passado.
Faltam hoje 737 delegados de polícia, sendo seis vagas a mais do que no mês anterior. A cada levantamento, o número só piora. A nova divulgação do Defasômetro abrange, como em todo mês, os números de todas as carreiras.
Faltam atualmente 3.116 investigadores (23 a mais do que no mês passado), 2.976 escrivães (37 a mais), 937 agentes policiais (seis a mais), 873 agentes de telecomunicações (nove a mais), 304 papiloscopistas (dois a mais), 461 auxiliares de papiloscopista (sete a mais), 278 médicos legistas (dois a mais), 322 peritos criminais (quatro a mais), 46 desenhistas (mais quatro vagas), 136 atendentes de necrotério (31 a mais), 17 auxiliares de necrotério (37 a mais) e 154 fotógrafos.
Os carcereiros somam 2.994 cargos extintos (14 a mais do que no mês passado). O SINDPESP considera inaceitável que a Polícia Civil tenha perdido tais cargos. A SSP dizia que o sindicato “distorcia dados” ao incluir o número de carcereiros na conta do déficit. Mas um projeto de lei, aprovado semana passada na Assembleia Legislativa, mostrou que não havia distorção alguma. Agora, carcereiro vai virar agente policial e sua vaga, quando se aposentar, não será mais extinta, o que é justo, pois carcereiro sempre colaborou nas tarefas de uma delegacia, seja no atendimento ao cidadão, na investigação, na condução de viatura ou outros serviços.
“O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo espera que haja uma nova política de segurança pública no estado, com a valorização da inteligência sobre a força, a fim de que de fato as grandes quadrilhas que comandam a criminalidade sejam desmanteladas”, afirma Raquel Kobashi Gallinati, presidente do SINDPESP. “Investir na polícia de inteligência, a judiciária, é a única forma de diminuir a criminalidade, além de ser uma obrigação do Estado, não uma decisão política do gestor”, completa a presidente.
Os dados do Defasômetro permanecem praticamente no mesmo patamar desde que passaram a ser divulgados, em outubro de 2017 (confira todas as tabelas em https://sindpesp.org.br/defasometro.asp).