O sétimo painel do Fórum Nacional da Inteligência Aplicada para o Combate à Criminalidade (IACC) levantou um debate sobre a expectativa que a população tem na questão da Segurança Pública.
A presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal (SINDPF-SP) e diretora da Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Tania Prado, foi quem mediou a conversa entre o delegado da Polícia Federal e cientista político, Guilherme Cunha Werner, a delegada de Polícia Civil, Jacqueline Valadares e o diretor presidente do Fórum Nacional de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima.
Jacqueline deu enfoque às crianças e adolescentes e defendeu uma polícia cidadã que se preocupe com as vítimas. A delegada falou sobre a Lei 13.431/17, que entrou em vigor em abril deste ano, e estabeleceu o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência. “A lei veio para tutelar o adolescente e nós temos que estar prontos para protegê-los como autoridades”, ponderou. Por fim, completou dizendo que “a sociedade espera uma polícia humana e célere”.
Renato Sérgio de Lima pontuou que a Segurança Pública no Brasil precisa “inovar e coordenar esforços para que a produção da prova fique com todos os recursos necessários e os delegados não precisem administrar burocracias e outras coisas que não estão em sua alçada”.
Ao final, o delegado Guilherme Werner avaliou que “não dar autonomia para a Polícia Federal é não dar instrumentos adequados para o combate à corrupção”.
Tânia encerrou o painel afirmando que investir na polícia significa investir em Segurança Pública o que, consequentemente, traz retorno positivo à sociedade. “As pessoas dão seu sangue pelo trabalho, mas há um limite humano. Há a necessidade de reforço de efetivo”, comentou.