Delegado aposentado de 80 anos é agredido por coronel da PM e está na UTI

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP) e a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP) repudiam veementemente a agressão covarde praticada pelo coronel da Polícia Militar, Alberto Malfi Sardilli, de 49 anos, contra o delegado de polícia aposentado, Milton Rodrigues Montemor, de 80 anos. O caso aconteceu na tarde de domingo (21), na Rua Luís Carlos Gentile de Laet, no bairro do Tremembé, na zona norte da Capital.

Segundo o boletim de ocorrência registrado pelo filho da vítima, a família estava em um evento no Recanto Nossa Senhora de Lourdes, no domingo passado, 21 de outubro, quando Alberto se desentendeu com a irmã de Milton. Nessa ocasião, o delegado interveio e a confusão parou. O coronel da PM, porém, segundo o B.O., ficou esperando o Dr. Montemor ir embora, cerca de 40 minutos depois, para surpreendê-lo do lado de fora da igreja, no estacionamento. O relato informa que Sardilli o atacou com um soco em seu peito, derrubando-o. O coronel teria tentado prosseguir com a agressão, mesmo com o delegado caído, mas foi contido por testemunhas.

O coronel PM Alberto Sardilli fugiu do local, enquanto Milton foi socorrido ao Pronto Socorro do Hospital HSANP, diagnosticado com duas fraturas, que necessitaram de procedimentos cirúrgicos. A vítima permanece internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O caso foi registrado no 39º Distrito Policial (Vila Gustavo) como lesão corporal grave.

“O fato demonstra nuances de desvios e destempero de personalidade de um agente do Estado, de um coronel da Polícia Militar, que tem a obrigação legal de proteger a sociedade, assegurar o bem-estar social, resguardar vidas e proteger o cidadão”, analisou Raquel Kobashi Gallinati, presidente do Sindicato de Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP). “Essa situação é ainda mais grave pela covardia de uma pessoa de 49 anos agredir violentamente um idoso de 80. É triste, pois o delegado de polícia sempre serviu à sociedade, trabalhando como o primeiro garantidor da legalidade e da justiça”, completou a presidente.

“Não está em questão o cargo ocupado pelas partes envolvidas, mas o total despreparo emocional de alguém que deveria ser um defensor da lei contra uma vitima idosa e indefesa. Se esse coronel da Polícia Militar age assim com um senhor de 80 anos, o que esperar de suas atitudes em relação ao cidadão comum?”, questiona Gustavo Mesquita, presidente da ADPESP.

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