A presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), Raquel Kobashi Gallinati, e a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado de São Paulo (SINDPF-SP) e diretora da Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Tania Prado, estiveram na tarde deste domingo (7), na sede da Rádio Jovem Pan. Ambas foram entrevistadas pelos jornalistas Thiago Uberreich e Denise Campos de Toledo. O assunto, as eleições gerais. Os jornalistas questionaram as delegadas sobre diversas questões. Elas falaram sobre crimes eleitorais, fraude nas urnas e fake news.
Quando perguntada sobre o combate às notícias falsas, Tania Prado analisou: “É um grande desafio tanto para as instituições como para a própria imprensa. A sociedade está vigilante, mas em uma situação muito difícil porque há um fluxo muito grande de informações”. Ela orientou que as pessoas denunciassem casos de crimes eleitorais nas delegacias de Polícia Federal ou Civil e salientou o papel da imprensa na luta contra a propagação de informações incorretas.
Raquel Kobashi Gallinati frisou que a Polícia Civil também atua em crimes eleitorais de forma subsidiária, principalmente onde não há unidade da Polícia Federal.
Os jornalistas comentaram com as delegadas sobre o clima de desconfiança criado com vídeos falsos de urnas supostamente fraudulentas e ambas recordaram que a filmagem e o uso de quaisquer equipamentos que pudessem comprometer o sigilo do voto na hora da votação eram crimes e que o cidadão deveria ser vigilante e checar a veracidade das informações além de realizar a denúncia em situações comprovadas de fraude.
Sobre o respeito à Constituição, um dos assuntos discutidos durante a campanha dos candidatos à presidência, Raquel Gallinati lembrou a frase de Ulysses Guimarães que afirma que “da Constituição Federal pode-se ‘discordar e divergir, mas descumpri-la jamais e afronta-la nunca’”. “É compromisso do chefe do Executivo eleito pelo povo que fortaleça as instituições de Estado que desencadearam em todo o país um processo de desconstrução da corrupção enraizada em diversos governos. É preciso que, como a Polícia Federal, a Polícia Civil de São Paulo, por exemplo, tenha a mesma possibilidade de investigação para que se faça uma “Lava-Jato” no âmbito estadual. Que os que forem eleitos tenham esse compromisso e dever com a população, de fortalecer as instituições de estado que protegem a soberania do país”, completou Raquel.