25 de novembro. Uma causa de todos

Em todo o mundo, 80% das mulheres já sofreram ou sofrerão algum tipo de violência, independente de sua nacionalidade, cultura, religião ou condição social. A causa do dia 25 de novembro não é apenas daquela mulher que foi violentada, mutilada ou assassinada. Essa causa é para defender todas as mulheres que sofrem humilhações diariamente, sejam elas veladas ou explícitas. Mulheres que são vítimas de violência por se decretarem livres em um país que se diz civilizado. Não é somente a causa da mulher negra, que muitas vezes suporta tantos preconceitos. A causa é humanitária, é de todas as pessoas, para que tenhamos um país e um mundo melhor.

Em 1999, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas instituiu 25 de novembro como o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher, em homenagem às “Mariposas”, como eram conhecidas as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa.

Nesta data, em 1960, elas foram brutalmente assassinadas pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana. Por combater o ditador, pagaram com a própria vida. Seus corpos foram encontrados no fundo de um precipício, estrangulados, com os ossos quebrados. As mortes repercutiram em todo o mundo, causando grande comoção.

Quase 60 anos depois, a violência contra as mulheres ainda existe em todos os lugares, das relações domésticas ao assédio no ambiente de trabalho e na internet.

No Brasil, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos. Para 43% das mulheres em situação de violência, as agressões são diárias. É preciso que essa reflexão sobre o cotidiano de violência que atinge considerável das mulheres do mundo extrapole o dia 25 de novembro, com ações afirmativas e efetivas para mudar essa realidade.

Mais um passo para dar segurança às mulheres será dado na próxima quarta-feira, com o lançamento do Movimento Mulheres na Segurança Pública, durante o 2ª edição do IACC – Fórum Nacional da Inteligência Aplicada para o Combate à Criminalidade, iniciativa do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP), em parceria com as entidades de Polícia Judiciária ADPF/SP, SINDPF/SP E ADPESP.

Entre os temas tratados, terá destaque o aumento exponencial de crimes contra a mulher pela internet. De acordo com a ONG SaferNet, o número de denúncias de crimes na internet contra a mulher cresceu 1.640%, na comparação entre 2017 e 2018, passando de 961 casos para 16.717 denúncias.

As mulheres precisam estar seguras e se sentir seguras em qualquer ambiente, seja dento de casa ou na internet. Vamos continuar trabalhando para que essa violência seja eliminada do universo feminino e que, quando ela existir, as vítimas estejam seguras para denunciar e os agressores sejam punidos com o rigor da lei.

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