Nota Pública

Sobre a campanha “Luto pela Polícia Civil”, em que milhares de policiais passaram a usar uma faixa preta no braço contra o sucateamento da instituição, após ser perguntado, Geraldo Alckmin declarou: “Eu nem sabia disso. Na realidade, é coisa de sindicato, tem que dar um desconto”.

Um político que não escuta as lideranças de classe quando expõem os problemas de seu governo não se enquadra num Estado Democrático de Direito, realidade hoje vivida neste país. Cabe sim às entidades realizarem as cobranças necessárias por melhores salários e condições de trabalho. Não haverá nenhum “desconto”: o Governo continuará a ser cobrado até que cumpra sua obrigação de oferecer uma segurança pública de qualidade.

As meias verdades que estão sendo veiculadas omitem os problemas que penalizam diariamente o cidadão paulista, com medo da insegurança cada vez que põe os pés para fora de casa. Não adianta dizer que o homicídio “caiu”. O cidadão tem medo de ser assaltado, um crime que parece fora de controle no atual governo.

A segurança pública de São Paulo não se resume apenas às viaturas para a polícia ostensiva ou um grupo de policiais civis em formação na academia, sempre em numero insuficiente, já que o déficit é de cerca de 12 mil cargos. Não são pouco mais de 50 delegacias sendo reformadas e uma taxa decrescente de homicídios. Tampouco se esgota em um reajuste de 4% que foi anunciado mas, na prática, inexiste, com os salários de todos os policiais congelados desde 2012, sem qualquer reposição inflacionária.

Investir em segurança pública é, por exemplo, não pagar o pior salário do Brasil para um delegado de polícia. É não reduzir pela metade a frota de aeronaves da melhor polícia judiciária da América Latina. É jamais permitir que policiais especialmente treinados para missões difíceis permaneçam jogados em instalações precárias onde alaga tudo quando chove. É jamais deixar faltar cartucho e folha para impressora, papel higiênico e até água em algumas delegacias.

O SINDPESP e a ADPESP reagem na defesa da dignidade da Polícia Civil do Estado de São Paulo, uma instituição que é do cidadão, jamais do governante de plantão.

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