Na reunião coletiva com as entidades de classe representativas da Polícia Civil, na sede da SSP, nesta quarta, 19, o secretário da segurança pública, Mágino Alves Barbosa Filho, comunicou, em nome do Governo de São Paulo, que não há condições financeiras neste momento para o reajuste de salários, pois existe um déficit de 0.7% na receita, no primeiro quadrimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2016. Mágino acrescentou, entretanto, que se compromete a zerar a lista de delegados, escrivães e peritos que foram aprovados nos concursos de 2013.
A presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati, acompanhada pelo diretor Emiliano Chaves Neto, rebateu a fala do secretário afirmando que “não é admissível que o Governo imponha suas deliberações políticas a uma instituição de Estado como a Polícia Civil, dado que ao governador é obrigatório o cumprimento do seu papel constitucional, invocando o artigo 37, inciso 10 da Constituição, que “não estaria sendo cumprido”. Mágino respondeu que o Estado não tem dinheiro para promover o reajuste que o SINDPESP reivindica, mas a presidente novamente replicou afirmando o contrário, pois “o próprio Governo havia divulgado em seu site, no começo deste ano, um superávit de 1 bilhão e meio e que deve pagar o que está devendo a todas as classes da Polícia Civil” (http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/estado-de-sao-paulo-fecha-2016-com-superavit-de-r-15-bilhao/).
A reunião foi encerrada sem que tenha havido uma proposta aceitável por parte do secretário, O SINDPESP seguiu para uma nova reunião, previamente agendada com o titular da pasta da segurança pública, o que aconteceu em seguida.