O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo participou na manhã desta sexta-feira, 12, através da presidente Raquel Kobashi Gallinati e dos delegados diretores Mayla Hadid e Emiliano da Silva Chaves Neto, da inauguração da nova sede da Diretoria Regional em São Paulo da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF).
O prédio, quase em frente ao Departamento de Polícia Federal, à Rua Hugo D’Antola, 146, no bairro da Lapa de Baixo, era uma promessa de campanha da atual diretoria da associação. “Os associados reivindicavam uma nova sede. Assim, a partir de hoje, neste novo endereço, estaremos mais perto do trabalho dos nossos colegas e à disposição dos associados de fora da Capital que, muitas vezes, vêm em missão e poderão agora usufruir dos nossos serviços”, explica a diretora regional, delegada Tania Fernanda Prado Perreira. A atual gestão assumiu em outubro de 2015 e tem mandato de dois anos.
A inauguração contou com a presença do superintendente regional da Polícia Federal em São Paulo, delegado Disney Rosseti, do presidente da ADPF, Carlos Eduardo Miguel Sobral, do vice-diretor regional, Edson Fabio Garutti Moreira e dezenas de outros delegados associados. Hoje, a ADPF de São Paulo conta com cerca de 300 associados. A nacional, 2.300.
Em seu discurso, Tania Ferreira lembrou das dificuldades que os delegados de Polícia Federal estão enfrentando com a falta de efetivo e a não abertura de novos concursos, problema muito parecido com o que vive há anos a Polícia Civil de São Paulo. “Há 560 cargos vagos de delegado de Polícia Federal e 400 delegados que estão para se aposentar. O efetivo está encolhendo, sentimos o impacto disso em nosso trabalho, pois sobrecarrega os colegas que estão na linha de frente. É uma realidade dura e não há a menor sinalização do Governo para abrir novos concursos para delegado”, completa a diretora.
“Estamos unidos com a ADPF na reivindicação de melhores condições de trabalho para a Polícia Judiciária como um todo”, afirma a presidente Raquel Kobashi Gallinati. “Não é admissível que justamente a polícia que desmantela o crime e prende quadrilhas, através de investigação criminal, seja tratada dessa forma pelos gestores que deveriam investir em pessoal, estrutura e salário”, completa. A presidente do SINDPESP encerrou esta semana as visitas às 70 Delegacias Seccionais do estado e constatou in loco o sucateamento a que vem sendo submetida a Polícia Civil pelo Governo do Estado de São Paulo. Na semana que vem, o I Simpósio promovido pelo SINDPESP, “Novos Rumos da Polícia Judiciária”, falará justamente de temas que são vitais para uma completa mudança de paradigma da Polícia Civil paulista e de todas as polícias judiciárias do país. Delegados de Polícia Federal e Juízes foram convidados para comporem as mesas ao longo do Simpósio. O evento será na quinta-feira, dia 18, às 08h30 da manhã, no Auditório Paulo Kobayashi, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.